segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tortuga



Mais um ano se passou, e tudo o que tinha pra acontecer aconteceu. Se eu não consegui alcançar algumas coisas dessa vez, outras oportunidades virão com o ano que começou.
2011 foi um ano muito cheio pra mim. Cheio de conquistas, sonhos, mudanças, realizações, cheio de saudade, nostalgia, esperança, dentre outras coisas. Tive meus tombos, decepções, sonhos mal resolvidos e fracassos, mas acredito que estes acabaram me impulsionando e no fim e serviram pra alguma coisa afinal.
Não me arrependo de nada que tenha feito, porém acho que 2011 foi um ano em que depositei muitas expectativas. Sonhei demais, esperei demais, e confesso que por certas coisas deixei de esperar pelo cansaço de tanto aguardo.
Para o ano que começa não guardo muitas ambições, mas sim muitas esperanças. Irei deixar as coisas tomarem seus rumos e ver no que é que dá. Acho que quem muito planeja muito também se frustra.
Neste novo princípio me sinto como uma pequena tartaruga, que depois de ter quebrado a casca do ovo e tido que cavar para sair da areia, acabou de chegar ao chão da praia e caminha feliz em direção ao grande mar azul sem saber dos perigos que a aguardam. Lanço-me no desconhecido sem ter medo de errar, de me ferir. Começo o ano livre de preocupações, e sem nem sombra de frustração no caminho à frente. Mas até quando?
Tem quem diga que esse é o ano em que o mundo se acabará. Que acabe se tiver de acabar. Não tenho medo.
Uma das coisas que 2011 me ensinou foi que se as coisas acontecem de certa forma, é porque tinham que acontecer exatamente daquela forma, e aquele jeito é como tinha que ser. Passou. Resolveu-se. Morreu.
Aproveitarei ao máximo, e se no fim das contas a profecia maia se fizer valer e o mundo acabar realmente, só lamento a ele. Eu posso dizer que aproveitei e fui muito feliz. Sou feliz, mas até quando?