Menino morto, do olhar vazio, madrugadas em claro, das
lágrimas no travesseiro.
Menino morto, da alma
gélida, coração sangrante, do sangue na pele.
Menino morto, dos cigarros de fuga, bebedeiras de
esquecimento, das ressacas de lembrança.
Menino morto, da sexualidade afirmada, das brigas vigorosas
com a família, dos festivais de drogas constantes.
Menino morto, que voara alto, caíra num piscar de olhos,
estatelou-se.
Menino morto que um dia sonhara em ter um pouco, conquistara
um tanto, desistira de tudo.
Morrera desde então.
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